A um bom tempo atrás, escrevi sobre música aqui. Com outro foco no texto. Hoje, o foco é outro e a mente também, por isso muito pode parecer contraditório. Nada estranho, pois é isso que nós somos, uma contradição ambulante.
O tema central relacionado a música que vou escrever hoje, é composição. Compor é uma arte, um arte muito linda, porque usa-se o som, pra expor sentimento. As notas, o tom utilizado, a harmonia. Tudo isso, faz parte da forma de expressão que se deseja na música. Um determinado campo de acordes, a forma como se é tocada e muitos outros fatores, influenciam fortemente na mensagem que virá ser passada pela mesma. Compor é uma tarefa complicada, mas maravilhosa (particularmente falando), se torna muito vazio e mil vezes mas difícil, quando se debruça para compor uma música sem ter sentimentos. Fazer uma música, apenas por fazer. Acho que fica uma coisa muito vazia, normal, cotidiana, frases que se utiliza em centenas de músicas. Respeito, claro, a forma de cada um compor, mas acho que a música tem vida própria, nós, é que somos reles instrumentos nas suas mãos. Acho que a composição, "vem sozinha" e fica louca pra sair, e o compositor (falo por mim) fica angustiado em quanto não a coloca pra fora.
Porque estou lhes falando isso. Hoje, eu compus uma música que fala sobre uma estrela, que por sinal, falei dessa música no texto a baixo. Vejam porque, digo que a música tem vida própria, paira sobre a cabeça do compositor, e dai, ele faz o trabalho de parto. Dá luz a música. Quando estava compondo, parei olhei pro violão, fechei os olhos, e danei a tocar, e tome nota dissonante. E não saia nada. Então falei, "quer saber, deixa ver essa melodia aqui" e então veio, e veio e veio e foi vindo, e saiu todo que estava dentro do meu peito. Sozinho. E nada daqueles acordes que havia escolhido no começo. Mas sim o campo harmônico que eu não fazia a mínima ideia, tudo de ouvido, a expressão de dentro do peito foi pedindo os acordes e o ouvido foi dando, e ai fluiu...
Tudo lindo, tô aqui, todo besta. parecendo que estou com um bebê nos braços, me sentindo uma tonelada mais leve. E a história da estrela, deu sim uma música.
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